Apesar de diversas qualidades do diretor de turma, a principal que deve possuir é a capacidade para ouvir o outro (Marques, 2002; cit in Martins, 2005). Só desta forma o diretor de turma conseguirá, no desempenho do seu papel de professor, conceder importância decisiva à orientação da relação com os seus alunos, exercendo uma orientação ativa e dinâmica, competindo-lhe, por outro lado, a coordenação interdisciplinar das orientações efetuadas por todos os professores que integram a respetiva turma (Coutinho, 1998). Em síntese, o diretor de turma é, na escola, o elemento formalmente individualizador e integrador da educação (Coutinho, 1998).
O Director de Turma surge-nos como uma espécie de “técnico de
manutenção” a quem se recorre quando alguma peça da máquina
organizacional apresenta algum defeito. Permite que a organização
funcione sem sobressaltos, na sua ausência a máquina ficava
bloqueada.
Para o
D.T. poder intervir com os seus alunos individualmente, cumprindo
assim melhor a sua função de orientador este deverá:
- conhecer os antecedentes do aluno em relação ao rendimento escolar;
- conhecer as suas capacidades e potencialidades, assim como os seus interesses;
- conhecer as suas dificuldades;
-
conhecer o seu rendimento no contexto da média da turma;
- conhecer as suas relações sociais e a sua integração no grupo turma e no grupo escola;
- conhecer as suas actividades intra e extra escolares;
- conhecer a sua situação familiar, económica, habitacional, etc.
Só
reconhecendo um aluno como um ser individual de características
próprias, o D.T. poderá interagir de maneira a influenciar
positivamente o seu desenvolvimento futuro.